Embaixador de Portugal em Angola reconhece dificuldades

Embaixador de Portugal em Angola reconhece dificuldades

O embaixador de Portugal em Angola, João da Câmara, reconheceu esta quarta-feira, em Luanda que existem ainda “muitas dificuldades” na obtenção de vistos e considerou que o acordo assinado entre os dois países vai facilitar o processo.

João da Câmara, que falou à imprensa no final de um encontro com o presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, disse que alguns aspectos no acordo devem ser melhorados, mas que o trabalho realizado constitui “um passo muito positivo”.

O diplomata garantiu que “há a noção de que entre os dois países deve existir facilitação na concessão de vistos e do nosso lado tudo faremos para facilitar e para que as pessoas possam ter os vistos”.

O diplomata português disse que as dificuldades para obtenção de vistos são recíprocas e reconheceu que “ há certos períodos do ano em que há maior afluência das pessoas aos consulados e estes muitas vezes não conseguem dar a resposta tão breve quanto possível. Mas há uma vontade de facilitar a emissão de vistos”.

O embaixador, que apresentou ao presidente da Assembleia Nacional uma mensagem de felicitação da Presidente da Assembleia da República de Portugal, Assunção Esteves, lembrou que os dois países concluíram, no ano passado, um acordo para facilitação de emissão de vistos que já deu alguns resultados satisfatórios.

Segundo o J.A. O diplomata considera que a situação está “bastante melhor” e que os dois países vão fazer uma avaliação da aplicação do acordo: “Angola não é, para Portugal, um país de risco em termos de imigração ilegal e não há razões para não concedermos vistos. Desde que as pessoas tenham a documentação necessária, os vistos são sempre concedidos”. O acordo assinado no ano passado permite o alargamento dos prazo dos vistos e a possibilidade de poder entrar várias vezes no país com o mesmo visto. A dificuldade de obtenção de vistos para entrada em Angola é uma das maiores preocupações de investidores e empresas portuguesas.

O acordo prevê uma maior rapidez na concessão de vistos. O período para obter uma autorização de curta duração pode demorar oito dias e um mês para os vistos de trabalho.