Aguinaldo Jaime diz ser necessário fazer entender empresas que o desenvolvimento sustentável é algo que acaba por beneficiar a todos

aguinaO presidente da Agência Nacional Para o Investimento Privado (Anip), Aguinaldo Jaime, disse acreditar que, apesar de não ser uma obrigação legal das empresas intervir socialmente nas comunidades onde operam, todos sairão a ganhar se for difundida a necessidade da cultura sobre a responsabilidade social empresarial.

Ao falar à imprensa, na conferência sobre "Responsabilidade Social Empresarial", promovida pela Fundação Arte e Cultura, Aguinaldo Jaime disse ser necessário fazer entender às empresas que o desenvolvimento sustentável é algo que acaba por beneficiar a todos.

"Se tivermos uma força de trabalho saudável, bem formada, se ocuparmos a juventude nas áreas de lazer e negócios, se difundirmos os nossos valores culturais estaremos a contribuir para uma sociedade mais harmoniosa, mais coesa e mais forte", disse.


De acordo com o responsável da Anip, mais do que impor regras legais, é fundamental partir para mais diálogo, persuasão e o conhecimento que é preciso difundir a todos os actores económicos, e todos sairão a ganhar se for promovida a coesão, a arte, a solidariedade, cultura e paz, porque estariam a contribuir para uma sociedade mais justa e solidária.


"As vantagens para empresas podem não ser directas, mas são vantagens de médio prazo. Se a empresa estiver a desenvolver acções na área da formação profissional, se a sua força de trabalho for mais educada, bem formada, a empresa torna-se mais competitiva no mercado", observou Aguinaldo Jaime.


Para o gestor, a empresa estará em melhores condições de conhecer as necessidades do mercado e em condições de responder a estas necessidades, se der a sua contribuição na melhoria das condições de vida dos habitantes locais.


"Do mesmo modo, se contribuir para as comunidades vizinhas, os beneficiários ficam mais educados, com mais saúde, e este gesto também estará a contribuir para que a sua actuação seja melhor compreendida por estas comunidades, evitando manifestações grevistas, hostis e evitando que as comunidades se sintam prejudicadas pela actuação da empresa", esclareceu.