O técnico francês Hervé Renard deixou de ser o seleccionador nacional de futebol e o seu lugar será ocupado pelo então adjunto Zeca Amaral, foi anunciado nesta sexta-feira, em Luanda, pelo presidente da Federação Angolana de Futebol (FAF), Justino Fernandes.
Falando a imprensa O presidente da Federação Angolana de Futebol (FAF), Justino Fernandes, reconheceu hoje ter havido incumprimentos relativamente às exigências do ex-seleccionador Hervé Renard, mas negou que constituíssem motivos para o pedido de rescisão unilateral apresentado pelo francês e seus adjuntos.
Em conferência de imprensa, realizada em Luanda, explicou que o técnico fora dispensado durante dez dias, com regresso previsto para 30 de Setembro, e que a FAF foi surpreendida com a decisão em véspera do jogo (9 de Outubro) contra a Guiné Bissau, para a segunda jornada do grupo 10 das eliminatórias de apuramento ao CAN2012.
Justino Fernandes disse que a instituição que lidera recebeu o anúncio de rescisão contratual de Renard e seus adjuntos sem causa prévia e que o angolano Zeca Amaral passa de coadjutor para principal.
Sem pormenorizar de que incumprimento se referia, o responsável federativo afirmou que decorre já a tramitação jurídica para avaliação das questões contratuais que ligavam as partes por dois anos.
Ao longo da semana vários órgãos de comunicação social do país divulgaram matérias sobre o possível pedido de demissão do ex-seleccionador que qualificou Angola para o CHAN2011, alegadamente por incumprimento contratual.
Renard, segundo os mesmos órgãos, reclamou salários em atraso, melhores condições e visto de trabalho.
Justino Fernandes reconheceu que a FAF devia ao técnico três meses de mensalidade e dois aos seus adjuntos, esclarecendo que hoje mesmo recebeu confirmação do Banco Nacional de Angola que os montantes foram domiciliados nas respectivas contas bancárias.
Quanto às condições laborais, preferiu ater-se ao facto de algumas vezes Hervé Renard ter afirmado que havia encontrado no país as melhores possíveis no universo africano, acrescentando que a reclamação de falta de visto de trabalho "é um falso problema".
"Tentamos proporcionar ao técnico o máximo de condições de trabalho e por diversas vezes manifestou-se satisfeito. Portanto, estamos surpreendidos com os acontecimentos", reiterou.