Milhares de militantes de esquerda e de extrema-esquerda protestaram neste sábado, no centro de Roma, contra as medidas de austeridade do governo italiano, como parte do "No Monti Day".
"Com a Europa que se rebela, expulsemos o governo de Monti", indicava uma grande faixa à frente da manifestação, referindo-se ao actual chefe de governo italiano, Mario Monti.
Os manifestantes levavam bonecos gigantes de Monti, da chefe de governo alemã, Angela Merkel, e do presidente americano, Barack Obama.
O protesto ocorreu de forma pacífica e sem incidentes, excepto por ovos e garrafas atirados por alguns jovens contra as agências de bancos italianos.
A Refundação Comunista, o Partido Comunista dos Trabalhadores e sindicatos autónomos convocaram esta manifestação com o apoio de grupos que se opõem à construção de linhas ferroviárias de alta velocidade nos Alpes italianos e de movimentos de estudantes contrários à austeridade.
No dia 20 de Outubro, dezenas de milhares de militantes da Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL), principal sindicato do país, também se reuniram no centro de Roma para pedir "emprego acima de tudo", e anunciaram que se mobilizarão novamente no dia 14 de Novembro junto às grandes organizações sindicais europeias.
"A política de austeridade e de rigor (do governo de Mario Monti) não apenas é um fracasso, e sim a grande culpada das dificuldades deste país", afirmou a chefe do CGIL, Susanna Camusso, no dia 20 de Outubro.