O Programa Alimentar Mundial (PAM), agência das Nações Unidas, informou hoje que entregará uma ajuda de emergência para cerca 500 mil pessoas em Cuba e ainda pediu ajuda para 425 mil haitianos depois dos estragos causados pela passagem do furação Sandy.
"O furacão Sandy foi a pior catástrofe em 50 anos em Santiago de Cuba", disse a porta-voz do PAM, Elisabeth Byrs, em Genebra.
A mesma fonte disse que, a pedido das autoridades cubanas, a agência da ONU planeou distribuir rações para as pessoas "o mais rápido possível" em Santiago de Cuba, no sudeste do país, onde os danos foram piores.
Mais de um milhão de pessoas foram afetadas pelo furacão Sandy, que matou 11 pessoas na ilha e deixou estragos em mais de 180 casas, tendo atravessado toda a região leste de Cuba a 25 de outubro.
O furacão também devastou cerca de 100 mil hectares de culturas, de acordo com a ONU, enquanto o PAM relatou que 12,7 toneladas de comida em stock foram destruídas pelo furacão.
O PAM também pediu hoje 15,7 milhões de euros para ajudar 425 mil haitianos afetados pelo furacão.
Segundo a agência, cerca de dois milhões de pessoas enfrentam a insegurança alimentar no Haiti, já fortemente atingido por um terramoto (em 2010) e secas antes da passagem do Sandy.
A Organização da Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) lançou hoje um apelo para angariar 74 milhões de dólares (57 milhões de euros) para ajudar o Haiti nos próximos 12 meses.
Segundo a FAO, o país necessita da ajuda internacional para o setor agrícola, muito prejudicado após a passagem do furacão Sandy, que fez 50 mortos no Haiti e deixou sem casa mais de 20 mil pessoas.
Segundo o Governo local, o Haiti precisa imediatamente de quatro milhões de dólares para "ajudar 20 mil famílias para assegurar o sucesso das culturas de inverno, a partir de dezembro".