FAIS indignada com violência sobre cristãos no Burkina Faso onde um catequista foi assassinado por terroristas

FAIS indignada com violência sobre cristãos no Burkina Faso onde um catequista foi assassinado por terroristas

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) manifesta preocupação e tristeza por mais um caso de violência extrema contra os cristãos no Burquina Fasso.

O catequista Edouard Yougbare, da Diocese de Fada Gourma, foi raptado por terroristas e assassinado dia 18 de abril e o corpo do jovem só seria encontrado na manhã seguinte, lê-se numa nota enviada à Agência ECCLESIA.

Fontes locais informaram a Fundação AIS Internacional que outras pessoas foram igualmente raptadas e mortas na ocasião.

Maria Lozano, directora internacional de imprensa e Relações Públicas da Ajuda à Igreja que Sofre exprimiu de imediato a sua consternação pelas notícias.

“Estamos destroçados com a perda de Yougbare”, disse Lozano. “Ele serviu fielmente a sua comunidade e a sua morte é um golpe devastador para o povo de Saatenga”, acrescentou.

“Os catequistas do Burquina Fasso estão na linha da frente, arriscando a vida pelo bem do seu povo. Há apenas dois meses, um outro catequista foi morto na diocese de Dori enquanto dirigia uma celebração dominical numa capela.”

A situação de segurança no Burquina Fasso tornou-se “muito difícil nos últimos anos, com os cristãos a serem particularmente visados por grupos terroristas inspirados no extremismo islâmico”.

A violência no país pode ser vista como parte de um conflito mais vasto que envolve vários países da região do Sahel, incluindo o Mali, o Chade, o Níger e a Nigéria.

Ainda recentemente, o bispo D. Laurent D’Abiré, da Diocese de Dori, situada no norte do Burquina Fasso, esteve no Brasil a convite do secretariado local da Fundação AIS, para participar na Assembleia Geral da conferência episcopal, que decorreu entre os dias 10 e 19 de Abril.

A Diocese de Dori tem sido particularmente atingida pela violência jihadista, sendo que algumas paróquias já tiveram mesmo de ser encerradas e as comunidades cristãs tiveram de fugir para zonas mais seguras.

No encontro no Brasil, D. Dabiré contextualizou a situação que aflige a região e explicou como o terrorismo tem causado enorme instabilidade, medo e terror em toda população.

No entanto, apesar disso, o prelado fez questão de sublinhar que a Igreja continua viva “fundada sobre as comunidades cristãs de base, animadas por catequistas.

Cada ano que passa – acrescentou – os seminários estão mais cheios. Mesmo que este país seja pequeno, os 24% da população cristã de Burquina Fasso são uma igreja escutada e respeitada”, disse.

A Fundação AIS está empenhada em apoiar a Igreja no Burquina Fasso durante este período difícil da sua história. Em 2023, recorde-se, apoiou 56 projectos neste país africano com mais de um milhão de euros de financiamento.