“Se nós não tivéssemos iniciado o combate a corrupção as dificuldades seriam maiores” diz João Lourenço

“Se nós não tivéssemos iniciado o combate a corrupção as dificuldades seriam maiores” diz João Lourenço

Numa entrevista de mais de 1 hora, o Presidente da República, João Lourenço, começou a por falar do PIIM, como sendo um plano nacional que abrange todos os municípios, com um fundo que vai poder resolver os problemas sociais das comunidades.

Respondendo a pergunta a pergunta sobre as reformas económicas, João Lourenço adiantou que as reformas já estão a acontecer e existe muitas melhorias, os problemas ainda não estão todos resolvidos mas esta a caminhar, afirmando mesmo que o crescimento não esta lento mas esta a caminhar de acordo com o normal.

Falando das críticas que o governo tem recebido nas redes sociais, o Presidente adiantou que o ser humano é um eterno insatisfeito” se das 2 quer 4 se da 4 quer 6, isso é a essência do ser humano não só angolano como universal”.

Em relação a pergunta que encontrou o país armadilhado, João Lourenço sempre a seu jeito respondeu” Brincado um bocado alguém a dias me disse que eu era o sapador, e eu disse sapador porque, porque estas a desminar, ai surge a tal armadilha” é a opinião de algumas pessoas eu não defendo isso, afirmou o presidente da Republica João Lourenço em entrevista à TPA e ao Novo Jornal, inaugurando uma nova era na relação que pretende estabelecer com mídia nacional.

“ Encontrei dificuldades e não há pais onde não exista dificuldades, maior ou menor as dificuldades existem e nós vamos tentar supera-las”.  

O Presidente João Lourenço Em relação ao adiamento da entrada em vigor do  Imposto  de  Valor  Acrescentado (IVA), para Outubro próximo,  o Presidente referiu que os outros impostos em vigor, como o de consumo, se mantêm para permitir ao Estado continuar a arrecadar receitas.

Negou que tivesse havido falha  para que o IVA não entrasse em  vigor na  data prevista, 01  de Julho próximo.

“Não sei se vamos considerar isso como uma  falha, pelo contrário costuma-se  dizer-se que  há males que vêm para bem”, disse o Presidente.

“Fomos suficientemente humildes em ouvir a opinião de um  sector  muito importante  da nossa  sociedade,   que é o empresariado nacional privado, que colocou as suas preocupações  ao Executivo”, acrescentou.

O Presidente disse existir ainda tempo para  que  se prepare  melhor  a entrada  em vigor do IVA,   quer  por parte do Executivo,   quer da classe  empresarial  e do próprio cidadão.

Quanto ao desempenho da economia, no seu todo, salientou que o crescimento económico do país “não está lento”, mas está a seguir o seu ritmo normal, tendo em conta a conjuntura nacional e internacional.

João Lourenço abordou também a boa relação existente com FMI, ao considerar a assistência financeira prestada pelo Fundo a Angola como viável e benéfica, na medida em que o país conseguiu financiamentos em condições favoráveis, que não se conseguiria de qualquer outro credor.

João Lourenço recordou que os habituais credores bilaterais emprestaram dinheiro a Angola a troco de carregamento do petróleo, porque o momento exigia aquelas condições, mas, actualmente, o país tem outras oportunidades.

Quanto aos combustíveis, disse que a política dos subsídios deve ser, gradualmente, alterada, até à medida do razoável, pois o preço do combustível em Angola ainda está abaixo da realidade de muitos países africanos e do mundo.

Para reduzir o nível de importação de combustível no país, o Presidente referiu que o Estado está determinado a avançar com a construção de refinarias no país, porque, na sua óptica, é inaceitável que o segundo maior produtor de crude da África Subsahriana não tenha uma refinaria em condições.