Clima de diálogo e entendimento reciproco entre os governos de Angola e da RDC

E Angola e República Democrática do Congo decretaram o fim das deportações recíprocas dos seus cidadãos, que na última semana envolveram mais de 30 mil angolanos, em retaliação à expulsão de  congoleses nos últimos meses das zonas diamantíferas.

Agora, segundo o vice-ministro das relações exteriores angolano,  qualquer medida de expulsão entre Angola e Republica Democrática do Congo deverá obedecer a uma consulta prévia entre os dois países.

Segundo um comunicado conjunto das autoridades de Luanda e Kinshasa, nestas situações de expulsões recíprocas, os haveres e os direitos dos cidadãos dos dois lados deverão ser protegidos a luz do direito internacional.

Jorge Chicoti que manteve um encontro com o presidente da Comunidade angolana no Congo diz ter deixado mais tranquilos os que lá ficaram. O vice-ministro das relações exteriores adiantou que um conjunto de medidas estarão em curso após este incidente entre os dois países.

Jorge Chicote fala da criação de uma comissão que vai voltar a tratar dos marcos fronteiriços. De acordo com Jorge Chicoti nunca houve um decreto parlamentar a orientar a expulsão de angolanos. O ministro angolano diz que se tratou  de uma medida do governo congolês que visava cidadãos angolanos ilegais.

Quanto a relação entre Luanda e Kinshasa, o governante angolano afirmou que as coisas podem voltar como eram antes, a começar com a ligação aérea que será retomada.

Vice-ministro das relações exteriores, Jorge Chicoti hoje no aeroporto 4 de Fevereiro quando regressava da RDC para onde foi segunda-feira a mando do Presidente da Republica para resolver a situação da expulsão de angolanos da RDC.

A questão das expulsões recíprocas entre Angola e República Democrática do Congo será abordada pelo Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres, numa visita que hoje inicia em território congolês.

Segundo noticia a imprensa local, Guterres chegou terça-feira à noite a Kinshasa para uma visita de três dias destinada a avaliar as operações de protecção de refugiados em curso, e encontra-se hoje com o primeiro-ministro, Adolphe Muzito.

O Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados tem também encontros previstos com outros governantes, representantes das Nações Unidas e da comunidade de países doadores da República Democrática do Congo, informa a rádio Okapi, ligada à missão da ONU no país.