General Electric quer alargar investimentos em Angola

General Electric quer alargar investimentos em Angola

A "General Electric" (GE) pretende alargar a sua carteira de investimentos em Angola, anunciou ontem o presidente do conselho e director executivo da multinacional norte-americana, Jeffrey Immelt, depois de ser recebido no Palácio Presidencial da Cidade Alta pelo Chefe de Estado angolano.

Falando aos jornalistas, Jeffrey Immelt disse que a equipa da "General Electric" a operar em Angola vai ser reforçada, de modo a adequar as pretensões de atingir novas áreas de investimentos de acordo com as metas traçadas pelo Executivo angolano em prol do desenvolvimento económico e o bem-estar da população.

"Anunciámos esta semana o nosso investimento em Angola, que ronda os 20 milhões de dólares. A minha expectativa é que em breve possamos apresentar outros investimentos na saúde, na formação e nas locomotivas, áreas em que a General Electric está bastante consolidada a nível mundial e que pensamos desenvolver aqui", disse Jeffrey R. Immelt.

O presidente do conselho e director executivo da multinacional americana justificou o interesse da sua equipa pelos indicadores angolanos e pela estabilidade política e económica que se vive em Angola. "Consideramos Angola um grande país e com muito futuro e vislumbramos um grande futuro também para nós", declarou Jeffrey R. Immelt

Na para a província do Zaire propriamente no Soyo, a General Electric anunciou que vai construir uma fábrica de equipamentos subaquáticos e de prestação de serviços à exploração do petróleo e gás em Angola. A fábrica vai ser construída na localidade do Soyo, província do Zaire, em conjunto com o grupo angolano "GLS Holding, SA", através de uma "joint-venture" designada "GE-GLS Oil & Gas Angola".

A unidade industrial está concluída dentro de dois anos. Pelo seu perfil tecnológico, projecta-se como a quinta maior fábrica do mundo e a primeira em África, com um investimento inicial de 17,5 mil milhões de kwanzas. O projecto tem o beneplácito do Executivo. Para o efeito, foi já assinado o acordo de investimento, entre a "Nuovo Pignone Angola, SRL" (filial da GE Oil & Gás, com sede em Itália), a GLS Holding, SA, a GE-GLS Oil & Gás Angola e a Agência Nacional para o Investimento Privado (ANIP), em representação do Estado Angolano. Os investidores acreditam que o capital inicial pode vir a ser aumentado assim que o projecto atingir a velocidade cruzeiro.

Isso mesmo foi referido pelo vice-presidente da GE-GLS Oil & Gas Angola, Eugénio Neto, que salientou o facto de a "joint-venture" pretender "posicionar-se de forma empenhada no apoio ao desenvolvimento de Angola".

Eugénio Neto acrescentou que o consórcio também traz para o país "novas tecnologias no âmbito da manufaturação e produção industrial, criando centenas de postos de trabalho, directos e indirectos, e uma importante contribuição para a marca Angola".

A parceria entre a GE e a GLS, considerou, transcende o típico envolvimento de entrada de empresas angolanas na actividade petrolífera e de gás, onde, na maior parte dos casos, lhes está reservado o papel de "prestadores de serviços de apoio mais gerais".

Quanto ao reforço do negócio, a GE-GLS Oil & Gás Angola, reforçou, entra para "o mais alto nível de desenvolvimento tecnológico do negócio", no âmbito da política governamental de uma maior "angolanização" do sector, com as indiscutíveis mais-valias para o país, tais como o aumento das valências de conhecimento e experiência das suas empresas em áreas de tecnologia industrial de ponta e o reinvestimento do lucro das empresas nacionais em várias áreas da economia de Angola.

A General Electric Company é uma multinacional americana constituída em Schenectady, Nova Iorque, e com sede em Fairfield, Connecticut, Estados Unidos da América. A empresa opera em quatro segmentos: energia, infra-estrutura tecnológica, financiamento e comércio.

O actual presidente do conselho e director executivo da companhia foi nomeado em 2000. Antes disso, Jeffrey R. Immelt dirigiu a divisão de sistemas da General Electric Medical, actual General Electric Healthcare. O seu mandato começou numa época de crise, em 7 de Setembro de 2001, quatro dias antes dos atentados contra o World Trade Center.