Angola: Crescimento económico exige medidas adicionais

Angola: Crescimento económico exige medidas adicionais

O Centro de Investigação Científica (CEIC) da Universidade Católica de Angola divulgou na terça-feira o seu relatório de 2012, um documento em que conclui que o crescimento económico pode estagnar em 2017.

Ao apresentar o documento, o director do CEIC, Alves da Rocha, afirmou que a preocupação do relatório é determinar a capacidade de crescimento económico nacional até 2017. Os investigadores queriam saber se, com base nas taxas de crescimento, há margem para melhorar a repartição do rendimento nacional e alterar as condições de vida da população. A conclusão foi a de que o ritmo de crescimento “pode estacionar” até 2017 se Angola não melhorar a sua posição em determinados aspectos.

O director do CEIC apontou como exemplo o facto de Angola continuar a ocupar os lugares mais baixos entre os países que travam a entrada de investidores internacionais, assim como a sua classificação nas listas mundiais da transparência e competitividade.

Alves da Rocha lembrou, entretanto, que as projecções do Executivo apontam para taxas de crescimento até 7 por cento ao longo dos cinco anos até 2017 e que o Fundo Monetário de Investimento (FMI) prevê taxas médias de crescimento económico de 5,5 por cento.

Se ao longo dos próximos cinco anos o desempenho da economia for esse, apenas haverá mais 300 dólares “per capita” para distribuir.

O estudo considerou que, como alternativa ao cenário da estagnação, devem ser preparadas condições para se obter um incremento da taxa de crescimento do PIB superior aos 7 por cento previstos, para que a folga no processo de repartição seja maior.