Sala concorrida no 1º dia do julgamento do General Zé Maria

Sala concorrida no 1º dia do julgamento do General Zé Maria

O Jurista Sérgio Raimundo, Advogado do general António José Maria, ex-chefe dos Serviços de Inteligência e Segurança Militar, acusado de extraviar documentos secretos relacionados à Batalha do Cuito-Cuanavale, pediu neste primeiro dia de julgamento a absolvição do seu constituinte.

O general Zé Maria, julgado pelo Supremo Tribunal Militar, também está a ser acusado de insubordinação, por não ter cumprido uma ordem dada pelo Presidente da República e Comandante em Chefe das Forças Armadas Angolanas, João Lourenço.

Era o mais poderoso, chefe da Secreta Militar no consulado então Presidente José Eduardo dos Santos. O general António José Maria, ocupou o cargo de chefe dos Serviços de Inteligência e Segurança Militar, de 2009 a 2017, altura em que foi exonerado, a 20 de Novembro, pelo actual Presidente da República, João Lourenço.

O Ministério Público diz na acusação lida nesta quarta-feira em tribunal, que antes da passagem de pastas ao seu sucessor, o general Zé Maria subtraiu das instalações dos Serviços de Inteligência e Segurança Militar toda documentação contendo informações secretas de caracter militar, relacionadas com a Batalha do Cuito Cuanavale e não só, obtidas de fontes especiais de instituições sul-africanas.

Factos que foram levados ao conhecimento do Presidente da República e Comandante em chefe das Forças Armadas Angolanas, por terem ocorrido antes da sua passagem à reforma, por limite de idade. Nesta ocasião, Joao Lourenço baixou verbalmente ordens ao causo através do general Fernando Garcia Miala, para que devolvesse toda documentação que havia subtraído ilegalmente.

Reportagem de Salgueiro Vicente