O Arcebispo do Lubango, Dom Gabriel Mbilingi, considerou que o maior ganho dos 50 anos da independência nacional é a libertação de Angola, um feito que deve inspirar as novas gerações a preservar a paz e a unidade conquistadas graças ao sacrifício de muitos angolanos.
Falando na reunião nacional da Associação Cristã de Gestores e Dirigentes (ACGD), promovida pela CEAST, Dom Mbilingi sublinhou que, embora muitos sonhos tenham sido concretizados, “a reconciliação e unidade continuam a ser um verdadeiro obstáculo ao desenvolvimento nacional”.
“Devemos estar felizes por estarmos independentes, mas essa independência só será completa quando houver reconciliação verdadeira. Faltou-nos unidade, respeito e reconhecimento dos dons de cada um”, afirmou.
O prelado defendeu que a reconciliação nacional deve ser o principal objectivo do Congresso Nacional da Reconciliação, uma iniciativa da CEAST que reunirá representantes de todas as confissões religiosas e forças políticas do país.
“Não se trata de um congresso apenas para as igrejas, mas para toda a nação. É o contributo da CEAST para os próximos 50 anos de Angola”, explicou.
Dom Mbilingi alertou ainda que, embora o país viva em paz desde 2002, “o calar das armas não significou o calar dos corações”, apontando que o ódio, o desprezo e a indiferença continuam a minar a convivência e o progresso social.
O Arcebispo concluiu, lembrando, que a independência nacional proclamada a 11 de Novembro de 1975, representa o marco maior da identidade e soberania do povo angolano e deve inspirar as novas gerações a preservar a paz e a unidade conquistadas com tanto sacrifício.







