Central II da barragem de Cambambe pode gerar energia para 8 milhões de angolanos

Central II da barragem de Cambambe pode gerar energia para 8 milhões de angolanos

Os 700 megawatts agora disponíveis na central II da barragem de Cambambe serão adicionados aos 260 megawatts da Central I, com quatro grupos geradores de 65 megawatts cada.

A Barragem Hidroeléctrica de Cambambe, situada no município com o mesmo nome, na província do Kuanza Norte, foi inaugurada esta Quinta-feira pelo Vice- Presidente da República, Manuel Domingos Vicente, após ter beneficiado de obras de modernização e ampliação.

A barragem está situada na última parte explorável jusante do curso do médio Kwanza, tendo a montante as barragens de Laúca e de Capanda (província de Malanje), numa altura em que se prevê para Julho próximo o começo da edificação do Aproveitamento Hidroeléctrico de Caculo Cabaça (Cuanza Norte).

O Ministro da Energia e Águas João Baptista Borges apresentou alguns números positivos em torno da barragem e garante que a mesma pode gerar energia mais 8 milhões de angolanos.

Para o ministro, o projecto de  ampliação e modernização da Central I, a construção da Central II e o alteamento da barragem, investimento avaliados em dois biliões de dólares, vai proporcionar uma energia limpa e renovável.

Explicou que o factor de capacidade de Cambambe é de 0,6 e a taxa de geração é de 1 para 1, ou seja, um megawatt para cada metro cúbico/segundo de água, tendo considerado uma condição boa no que toca ao aproveitamento da capacidade instalada.

Com a disponibilidade do reservatório de Capanda e Laúca, a Central II de Cambambe terá uma vasão média afluente de 600 metros cúbicos/segundo, afirmou João Baptista Borges.

O ministro apontou a construção de uma ponte sobre o Rio Kwanza e o desvio da estrada 230, bem como a recuperação da Ruína da Fortaleza de Cambembe como trabalhos que também foram feitos durante a execução do projecto, respeitando o plano ambiental e a valorização do património histórico nacional.

Com a conclusão deste projecto, avançou, o desafio do sector eléctrico será garantir o bom funcionamento e longividade dos equipamentos existentes, o que deverá concorrer para a existência de uma estrutura de manutenção com integrantes bem formados, capacitados e motivados.