Novos casos de Gripe A

banner_gripe_a.jpgAs autoridades sanitárias angolanas notificaram nos últimos dias mais dois novos casos de gripe A (H1N1), elevando para seis o número de ocorrências da pandemia no país.
    
 Falando à imprensa, à margem da reunião da Comissão Interministerial para a Prevenção da Pandemia da Gripe A (H1N1), o porta-voz da comissão, Carlos Alberto Masseca, informou que no período de 25 de Agosto a 01 de Setembroforam notificados seis casos suspeitos.
   
Desses casos, explicou, quatro foram negativos e dois positivos com teste rápido que, à semelhança das ocorrências anteriores, aguardam por confirmação do laboratório da África do Sul.       
     
"O diagnóstico deste tipo de pandemia no país é feito com testes rápidos, sendo necessária confirmação do resultado na África do Sul. Mas nas próximas semanas o país terá capacidade de fazer o PCR em tempo real", referiu. 

   
O também vice-ministro da Saúde precisou que estes dois casos, dos quais um notificado terça-feira, proveniente de Benguela, são importados da África de Sul e Portugal, assegurando não haver ainda ocorrência que demonstrem a circulação do vírus na comunidade.   
     
Apesar da evolução satisfatória dos doentes sob controlo das equipas de vigilância, Carlos Masseca manteve o apelo do reforço da vigilância epidemiológica no país, bem como a disseminação entre a comunidade das medidas de prevenção contra a pandemia, dada a rápida disseminação e a similitude de sintomas com os da gripe comum, bem como a evolução da situação na região africana.
    
  Por este facto, apelou as pessoas em caso de sintomas suspeitos da doença a procurarem imediatamente as unidades sanitárias.
  
 Relativamente à peregrinação ao Santuário da Muxima, a comissão recomendou o reforço da divulgação das medidas de prevenção junto dos peregrinos, a fim de evitar-se a rápida contaminação em caso de haver pessoas com a doença.
   
O porta-voz disse que o Ministério da Saúde orientou as direcções nacional e provincial do Bengo da saúde pública, no sentido de trabalharem  com a organização do evento na divulgação das medidas preventivas.
   
 Por outro lado, afirmou, o Minsa está a instalar na localidade as estruturas do Instituto Nacional de Emergências Médicas, para prestar assistência à população não só no quadro da epidemia, mas de toda e qualquer situação que surgir no recinto.
     
"Uma das nossas grandes preocupações é a distribuição de água no recinto. Já foram colocados camiões cisternas com água potável. Alguns rituais utilizados nos actos religiosos, como aperto de mão, abraços, beijos numa situação como esta devem ser dispensados", salientou.
    
Em função da pausa pedagógica que se regista nas escolas e da deslocação para o exterior do país de muitas crianças, uma das recomendações da comissão é a vigilância das unidades de ensino no país, para notificar-se possíveis casos, avaliar a sua evolução clínica, proveniência para possíveis cortes da transmissão.
   
 O diagnóstico deste tipo de pandemia no país é feito com testes rápidos, sendo necessária confirmação do resultado na Africa do Sul. Mas nas próximas semanas o país terá capacidade de fazer o pcr em tempo real. 
     
 Apela aos órgãos de comunicação social a divulgação das normas de prevenção e  higiene individual e colectiva, lavando as mãos com frequência e evitar zonas onde há pessoas com tosse.
  
A nível de Luanda serão treinadas equipas técnicas nas unidades sanitárias locais nos próximos sete dias, com o objectivo de facilitar a colheita das amostras.
 A comissão sub-clínica destacou a necessidade de se reforçar  a biossegurança nas unidade do país.
   
 Dados da OMS de 30 de Agosto indicam que no continente africano foram confirmados 5513 casos em 22 países com 27 óbitos, sendo 20 na África do Sul e os restantes nas Ilhas Maurícias.
      
 Houve um aumento de 1633 casos da gripe A na África do Sul,  que possui actualmente 5118  ocorrências, situação considerada pela OMS de preocupante.