Joseph Blatter foi reeleito esta sexta-feira presidente da Federação Internacional de Futebol (FIFA). Num escrutínio realizado durante o 65.° Congresso do organismo, em Zurique, o suíço, de 79 anos, beneficiou da desistência do único rival antes da segunda volta do sufrágio e depois de ter conseguido o voto de 133 das 209 associações que compõem o organismo que tutela o futebol mundial, uma das organizações mais lucrativas do planeta.
Michel Platini, na qualidade de presidente da UEFA, lamentou a falta de uma “mudança na FIFA”, que entende ser “crucial se a organização quiser recuperar credibilidade”. Luís Figo, na qualidade de ex-candidato a este acto eleitoral, disse ter havido “outro dia negro em Zurique” e mostrou-se disponível a voltar a carga para tentar uma nova revolução na FIFA - leias as reações destas duas figuras do futebol mundial mais abaixo neste artigo.
Num processo eleitoral manchado por uma investigação anticorrupção do Departamento de Justiça norte-americano, que levou à detenção na quarta-feira já em Zurique de vários oficiais e parceiros da FIFA, Blatter resistiu ao escândalo, segurou os apoios e logo à primeira volta deixou o príncipe jordano Ali Bin al-Hussein praticamente sem perspetivas da desejada revolução no futebol mundial.
“Eu prometo-vos que no final deste meu mandato vou entregar a FIFA ao meu sucessor numa posição muito forte. Será uma FIFA robusta, uma FIFA boa”, afirmou Sepp Blatter, durante o discurso de vitória, apelando ao trabalho “em conjunto” antes de aludir à idade - o suíço terá 83 anos no final do novo mandato: “Vão perguntar-me pela idade? A idade não será um problema.”