Macron apela Europa a mudar de olhar sobre África

Macron apela Europa a mudar de olhar sobre África

O presidente francês Emmanuel Macron está na Nigéria tendo aproveitado em Lagos, na sala de espectáculos Shrine, para preparar um acontecimento que em 2020 em França, vai pôr em destaque a cultura africana. No entender do chefe de Estado francês é necessário alterar a forma como africanos, mas também europeus e franceses olham para a cultura do continente negro.

No segundo dia da sua visita oficial à Nigéria, o Presidente Emmanuel Macron, exortou diante de uma plateia de jovens empresários locais, a África e a Europa a criar as condições para uma parceria que seja benéfica para os dois continentes e contribua para resolver a espinhosa questão dos migrantes.

Emmanuel Macron que discursou perante trezentos jovens empresários num hotel de Lagos, considerou que a questão migratória não tinha só haver com a segurança, mas também com a problemática económica.

O chefe de Estado francês sublinhou que a maioria dos migrantes que tentam alcançar a Europa, provêm de países que estão em paz, como o Senegal, a Costa do Marfim e a Nigéria, por falta de esperança e de oportunidades.

Segundo o Presidente francês, a magnitude da vaga migratória faz com que os países europeus não possam acolher todas as pessoas. Macron realçou que, é em África, que os africanos devem ter sucesso.

Mais uma vez ele reiterou a necessidade de controlar a expansão demográfica no continente africano, onde, disse o chefe de Estado francês, em alguns países a média é de seis a oito filhos por família, bem como lutar contra os traficantes de seres humanos, que estão associados aos terroristas operando no Sael.

Aproveitando a oportunidade para voltar a visitar o Shrine, o famoso clube fundado em Lagos nos anos setenta do século passado pelo lendário músico nigeriano Fela Kuti, criador do género afrobeat, o Presidente francês que tinha frequentado o lugar na sua juventude, realçou numa entrevista à RFI a necessidade de afirmação dos africanos, bem como da mudança de olhar dos europeus em relação ao Grande Continente.

Fonte: RFI