Prémio nobel da paz atribuído à activista paquistanesa Malala e ao indiano Cailash

Prémio nobel da paz atribuído à activista paquistanesa Malala e ao indiano Cailash

Este é o primeiro Nobel a ser atribuído a uma paquistanesa e o oitavo para um cidadão nascido na Índia.

Prémio atribuído pela «luta contra a supressão de crianças e jovens e pelo direito de todas as crianças à educação». Este é o primeiro Nobel a ser atribuído a uma paquistanesa e o oitavo para um cidadão nascido na Índia. 

Segundo o comité Kailash Satyarthi mostrou grande coragem na luta pela grave exploração infantil. Já Malala, que já em 2013 foi apontada como possível vencedora, foi distinguida por se ter tornado na voz das jovens que lutam pelo direito à Educação. 

Em comunicado, o Papa Francisco, um dos favorito na corrida, pela sua defesa dos pobres, já felicitou os novos prémios Nobel da Paz. 

A presidente da Confederação de Ação Sobre o Trabalho Infantil afirmou que a atribuição do Nobel da Paz a dois ativistas dos direitos das crianças reforça o combate aos abusos e deverá ter efeitos em todo o mundo. «Este reconhecimento vem reforçar todo o combate necessário contra os abusos que existem, ainda nos nossos tempos, sobre as crianças», afirmou Fátima Pinto à Lusa.

O presidente da Comissão de Proteção de Crianças enalteceu o trabalho de Malala Yousafzai e Kailash Satyarthi. «Esta atribuição pode ajudar a estimular a nossa responsabilidade individual e coletiva para que o trabalho infantil seja erradicado. É um estímulo para fazermos mais e melhor em função do futuro das crianças.

A presidente do Instituto de Apoio à Criança mostrou-se muito satisfeita com a atribuição do prémio Nobel da Paz à paquistanesa Malala Yousafzai. «A Malala tem sido uma voz que é já uma bandeira dos direitos fundamentais das crianças à educação e à liberdade de expressão de pensamento, porque ela também representa essa liberdade de expressão», disse Dulce Rocha, em declarações da agência Lusa.

Na luta pelo direito à educação

Com 60 anos, Kailash Satyarthi é um dos promotores da Marcha contra o Trabalho Infantil e já resgatou mais de 60 mil crianças forçadas a trabalhar e também adultos mantidos sob regime de escravidão. 

Kailash Satyarthi adoptou os ensinamentos de Gandhi para dar voz ao protesto pacífico contra o trabalho infantil.