Zimbabwe aplica controversa lei da indigenização

zimbawe29Cumprindo a disposição de aplicar a nova e controversa lei da indigenização, o governo zimbabweano anunciou ter proibido duas empresas estrangeiras de adquirir os bens de duas companhias petrolíferas multinacionais.

A Royal Dutch Shell e a British Petroleum (BP) retiram-se do Zimbabwe e colocaram à venda os seus bens, constituídos por estações serviços.

Duas empresas estrangeiras, a Engen Oil da África do Sul e a Kenol Kobil do Quénia queriam comprá-las, mas o gGoverno bloqueou a transação, exigindo que estes bens sejam controlados pelos zimbabweanos de origem em virtude da nova lei da indigenização.

Por esta lei, todas as empresas estrangeiras do país devem ceder 51%do seu capital a zimbabweanos.

Esta legislação, que entrou em vigor este mês corrente, suscita uma profunda preocupação para os empresários, e leva os investidores a fugir do país.

O presidente do órgão encarregado de aplicar a lei da indigenização, David Chapfika, explicou que a transacção tinha sido bloqueada pois, para além do capital, os pontos de venda eram reservados a zimbabweanos.

Trata-se da primeira aplicação concreta desta lei, em vigor desde o último dia primeiro.