Amnistia internacional crítica em relatório polícia angolana por execuções sumárias e prisões de activistas cívicos.

policia_brutal_ruaAngola continua a registar casos de execuções extrajudiciais, de uso excessivo da força, tortura e outros maus-tratos por parte das autoridades, de acordo com um relatório da Amnistia Internacional.

Lúcia Silveira, da associação AJPD, disse que é preciso responsabilizar as pessoas que violam os direitos humanos.

A activista dos direitos humanos, acredita que a não punição contra as pessoas que abusam e usam a força excessiva leva a que Angola continue a registar casos de execuções extrajudiciais.

No relatório da Amnistia Internacional afirma que há relatos de «prisões e detenções arbitrárias», a maioria das quais com «uso de força excessiva».

Sobre o facto Lúcia Silveira, disse que este é também um caso que preocupa a Associação Justiça e Paz e democracia.

A activista dos direitos humanos, disse que o tribunal não tem sabido responder a demanda.

«Poucos polícias responderam perante a Justiça», refere a AI, acrescentando que as «informações disponibilizadas sobre as acções tomadas contra polícias por violações de direitos humanos ocorridos no passado eram escassos».

A Amnistia Internacional afirma que há relatos de «prisões e detenções arbitrárias», a maioria das quais com «uso de força excessiva».

O relatório indica que continuam os desalojamentos forçados no país, tendo sido realizado em 2009 «um dos maiores já efectuados nos últimos anos».

«Em Julho, mais de três mil famílias em 2009 (cerca de 15 mil pessoas) foram despejadas à força dos bairros de Bagdad e Iraque, em Luanda», lê-se no documento.

A Amnistia ressalva que jornalistas «foram hostilizados e processados devido ao seu trabalho».

«Pelo menos três jornalistas foram acusados de abusar dos meios de comunicação, enquanto outro recebeu uma sentença de prisão com pena suspensa por difamação», indica a AI.

A AI indica também que as autoridades angolanas «continuaram a expulsar imigrantes sem documentos, sobretudo cidadãos da República Democrática do Congo (RDC)».