Guiné-Bissau teve eleições justas e livres

Guiné-Bissau teve eleições justas e livres

"Guineenses já mostraram a sua vontade de operar uma mudança", diz à Renascença Joaquim Chissano.

Os parceiros internacionais aplaudem a forma como os guineenses participaram nestas eleições e deixam um apelo para que haja um verdadeiro virar de página no país, dois anos depois do golpe militar.

O diagnóstico dos mais de 400 observadores internacionais não podia ser mais claro: as eleições foram livres, justas, transparentes e participadas.
 
O chefe da maior delegação, a União Africana, Joaquim Chissano, diz à Renascença que sai da Guiné-Bissau aliviado e encorajado. "E com um sentido de responsabilidade para o futuro. Porque os guineenses já mostraram a sua vontade de operar uma mudança. Não só uma mudança de liderança, mas na maneira de viver", acrescenta.

Joaquim Chissano, ex-Presidente de Moçambique, pediu ainda aos partidos e candidatos presidenciais que aguardem a publicação dos resultados por parte da comissão nacional de eleições.

A Comunidade da África Ocidental, a CPLP, o Parlamento Europeu, o Grupo da Francofonia, os observadores dos EUA, de Timor e da Nova Zelândia sublinharam, em Bissau, a forma democrática com que decorreu o acto eleitoral de domingo.

Também o Grupo da Sociedade Civil Guineense teve observadores no terreno. Registou 80 incidentes ainda assim sem qualquer expressão.

Os resultados já apurados das eleições gerais de domingo na Guiné-Bissau são vistos como "encorajadores" para o PAIGC e para o seu candidato presidencial, José Mário Vaz.