
Por meio de um telegrama, o Pontífice manifestou profunda dor pelo ataque à Paróquia Bem-Aventurada Anuarite, na RD Congo, que deixou cerca de quarenta mortos, e pediu a Deus que “o sangue desses mártires seja semente de paz, reconciliação, fraternidade e amor para todo o povo congolês.”
Em um telegrama assinado pelo cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, o Papa Leão XIV manifestou profunda consternação e dor pelo violento ataque ocorrido na Paróquia Bem-Aventurada Anuarite, em Komanda, na província de Ituri, na República Democrática do Congo. O atentado, ocorrido durante uma celebração, resultou na morte de aproximadamente quarenta pessoas.
“Com consternação e profunda aflição”, diz a mensagem dirigida a dom Fulgence Muteba Mugalu, presidente da Conferência Episcopal Nacional do Congo (CENCO), o Santo Padre "se une ao luto das famílias e da comunidade cristã gravemente atingidas, manifestando-lhes sua proximidade e assegurando-lhes sua oração".
Leão XIV recorda que “essa tragédia nos convida ainda mais a trabalhar pelo desenvolvimento humano integral da população ferida desta região. Sua Santidade implora a Deus para que o sangue destes mártires seja semente de paz, reconciliação, fraternidade e amor para todo o povo congolês.”
Ao final da mensagem, o Papa concede sua Bênção Apostólica à Paróquia Bem-Aventurada Anuarite de Komanda, em particular às famílias enlutadas, bem como a todos os filhos e filhas da República Democrática do Congo e à nação como um todo.
O massacre
O trágico ataque ocorreu na madrugada de domingo, 27 de julho, quando militantes das Forças Democráticas Aliadas (ADF), grupo armado de origem ugandesa com vínculos com o Estado Islâmico, invadiram a igreja durante um momento de oração e mataram brutalmente cerca de quarenta fiéis com facões e armas de fogo. O episódio faz parte de uma longa série de massacres cometidos pelas ADF na região leste do Congo, onde o grupo atua com crescente violência contra civis, destruindo casas, incendiando comércios e deixando rastros de morte. Autoridades locais e internacionais condenaram o atentado e reafirmaram a urgência de proteger os locais de culto e garantir a liberdade religiosa.