Exército nigeriano nega responsabilidade por violências em Jos.

nigeriaAs Forças Armadas da Nigéria refutaram quarta-feira como "falsas" as acusações de que a corporação teria ignorado informações fornecidas pelas autoridades locais que poderiam ajudar a evitar os massacres de mais de 500 pessoas no último fim-de-seamana em Jos, no centro do país.

De acordo o director das Relações Públicas das Forças Armadas da Nigéria, general de Divisão Chris Olukolade, tais alegações "são falsas e visam interesses políticos".

"As falsas alegações do governador do Estado de Plateau, Jonah Jang, só têm por objectivo manchar a boa reputação do nosso Exército e servir os seus interesses políticos", deplorou o general Chris Olukolade.

Ele acusou o governador de Plateau de manter "o ódio contra o Exército" e acrescentou que "todo o mundo sabe que as operações de segurança internas em Jos são conjuntas e envolvem diferentes serviços e a Polícia nigeriana.

Esta situação ocorreu numa altura em que a Polícia não estava em condições de fazer face ao início da crise em Jos, em Janeiro de 2010, quando foram requisitados soldados para restaurar a ordem e a lei no Estado, lembrou.

O director das Relações Públicas das Forças Armadas prometeu que o Exército vai continuar a engajar todos os seus recursos nestas operações conjuntas para pacificar o Estado de Plateau, no centro do país, onde actos de violência intercomunitária fizeram no fim-de-semana passado mais de 500 mortos.

O ex-Presidente nigeriano Muhammadu Buhari (de 1983 a 1985) preconizou a destituição do actual chefe de Estado, Umaru Yar'Adua, para livrar o país do impasse, noticiou a imprensa local.

Segundo a imprensa local, Buhari, candidato derrotado às eleições presidenciais de 2007, apelou à Assembleia Nacional para destituir imediatamente este último.

Ele pediu igualmente ao Governo Federal para constatar a incapacidade do Presidente e preparar o terreno para a sua destituição porque, disse, nenhum responsável público confirma ter visto Yar'Adua desde o seu regresso, a 24 de Fevereiro último, de Jeddah, na Arábia Saudita, onde passou uma estada médica de 93 dias.

O Presidente tinha sido evacuado para este país a 23 de Novembro de 2009 para o tratamento duma "pericardite aguda" a que se junta provavelmente uma insuficiência renal.

Além de Buhari, uma organização da sociedade, Save Nigeria Group, reclama igualmente pela demissão do Presidente Yar'Adua.

Para a oposição, o Presidente interino, Goodluck Jonathan, não terá margem de manobra enquanto Yar'Adua ocupar o palácio presidencial, consciente ou inconscientemente.

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