UE decidiu enviar cerca de 83 observadores ao Burundi

burundiA União Europeia (UE) decidiu enviar cerca de 83 observadores ao Burundi para supervisionar as segundas eleições gerais pós-conflito previstas para Maio e Dezembro de 2010, soube a imprensa de fonte diplomática em Bujumbura.

A mesma organização desdobrou um maior número de elementos para observar as primeiras eleições gerais de 2005 tendo-as qualificado de "livres e equitativas" um dia depois da vitória do Conselho Nacional para a Defesa da Democracia/Forças de Defesa da Democracia (CNDD-FDD, partido no poder) e ex-principal movimento rebelde do país.

Segundo o chefe da delegação da UE no Burundi, Alain Darthenucq, a primeira equipa de 30 observadores chegará em Maio próximo para supervisionar as autárquicas, devendo o resto desembarcar um pouco depois para acompanhar o desenrolamento das presidenciais e das legislativas.

A UE terá em conta o bom desenrolamento das eleições para prosseguir com os seus apoios financeiros ao Burundi, informou o diplomata europeu.

A maioria das ajudas externas ao desenvolvimento do Burundi provém da União Europeia.

O cronograma definitivo destes escrutínios, em que participarão cerca de três milhões 500 mil Burundeses em idade de votar, prevê a eleição dos conselheiros autárquicos para 21 de Maio.

De acordo com o mesmo programa, as presidenciais vão acontecer a 28 de Junho e, em caso de segunda volta, a 26 de Julho, ao passo que a escolha dos deputados e a dos senadores terão lugar a 23 e 28 Julho, respectivamente.

A designação dos chefes de colinas (as mais inferiores entidades administrativas no Burundi) ocorrerá a 7 de Setembro de 2010, indica o mesmo cronograma eleitoral.
O Presidente burkinabe, Blaise Compaoré, exprimiu em Cotonou o seu optimismo quanto à solução das crises na sub-região oeste-africana.

Compaoré, medianeiro nas crises na Côte d'Ivoire e na Guine-Conakry, teceu estas declarações à imprensa aquando da sua chegada a Cotonou, para uma visita de amizade e trabalho de 48 horas ao Benin.

o estadista burkinabe indicou que estes conflitos ultrapassaram a sua fase crítica.

O Presidente Blaise Compaoré visitou nesta sexta-feira o Porto Autónomo de Cotonou, que constitui para o Burkina Faso, uma abertura para o mar, e a cidade de Ouidah, ex-guiché de escravos, situada a cerca de 50 quilómetros da metrópole beninense.

Apesar de os dois países manterem, desde sempre, boas relações de fraternidade e boa vizinhança, a demarcação da fronteira a nível da localidade de Koualou, de apenas 10 quilómetros de extensão, dos 285 quilómetros que separam os dois países, por pouco deteriorava as suas relações.

Em Setembro último, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos dois países assinaram o Compromisso de Recurso ao Tribunal Internacional de Justiça sobre este diferendo fronteiriço.