EUA devem se comprometer mais com a luta contra os genocídios

EUA devem se comprometer mais com a luta contra os genocídios

Os Estados Unidos devem se comprometer mais firmemente na luta contra os genocídios e contra os ataques aos direitos humanos no mundo, afirmam dois ex-diplomatas americanos em um relatório divulgado nesta terça-feira.

As crises na Síria, na República Democrática do Congo, ou no Sudão ilustram a incapacidade das Nações Unidas e da comunidade internacional de adoptar medidas eficazes para por fim aos crimes de guerra, ou contra a Humanidade, ressaltam a ex-secretária de Estado Madeleine Albright e o ex-enviado americano para o Sudão Richard Williamson.

"A terrível carnificina na Síria mostra que o reconhecimento por parte da comunidade internacional do conceito de 'Responsabilidade para Proteger' (princípios adoptados em 2005 pela ONU para guiar uma resposta internacional no caso de crimes em massa cometidos contra civis) não é suficiente por si mesmo para impedir que um ditador sem piedade cometa atrocidades contra seus próprios cidadãos", ressaltam.

"Em nossa opinião, o êxito depende da atitude e das acções de um certo número de países, mas a vontade dos Estados Unidos de liderar é capital", avaliam Albright e Williamson, no estudo encomendado pelo Museu americano do Holocausto, o Instituto americano para a Paz e a Brookings Institution.

"Os dirigentes políticos devem reconhecer que essa doutrina é ao mesmo tempo universal e atemporal, que se aplica a todos os países em todo momento. Pedimos à comunidade internacional que avance, partindo dessa base", acrescentaram.

Albright e Williamson também afirmam que os Estados Unidos devem por em prática um plano destinado a aumentar sua capacidade para impedir que esses actos sejam cometidos. Para isso, Washington pode usar imagens de satélites, interceptação ou interferência de comunicações, bloqueio de fluxos financeiros, ou a publicação dos nomes dos responsáveis por esses crimes, sugerem os autores.