Dilma quer cabo submarino para não ser espiada pelos EUA

Dilma quer cabo submarino para não ser espiada pelos EUA

Com a instalação do novo cabo, cujo custo está estimado em cerca de 135 milhões de euros, as comunicações entre a América Latina e a Europa deixam de ser controladas pelos americanos.

A Presidente do Brasil saudou a anunciada criação de um cabo submarino para ligar a Europa à América Latina, fazendo uma referência ao facto de no ano passado ter-se revelado que Washington espiou milhares de pessoas na Europa e na América do Sul, incluindo chefes de Estado como a própria Dilma Rousseff.

“Temos de respeitar a privacidade, os direitos humanos e a soberania das nações. Não queremos que os negócios sejam espiados”, afirmou esta segunda-feira à margem da cimeira UE-Brasil, em Bruxelas.

“A Internet é uma das melhores coisas inventadas pelo homem. Por isso concordámos na necessidade de assegurar a neutralidade da rede”, disse ainda.

Com a instalação do novo cabo de fibra óptica, cujo custo está estimado em cerca de 135 milhões de euros e vai ligar Lisboa a Fortaleza, as comunicações entre a América Latina e a Europa deixam de ser controladas pelos americanos, dando mais garantias de privacidade, segundo Dilma Rousseff.

O escândalo da espionagem que irrompeu em 2013 levou Dilma Rousseff a adiar uma visita já programada aos Estados Unidos.

Barack Obama assegurou os seus aliados que tinha proibido a espionagem a líderes de aliados próximos, mas a confiança já foi abalada. A União Europeia já ameaçou romper com os acordos de transferência de dados com os EUA a não ser que Washington mostre provas de protecção de informação dos europeus.