Dilma Rousseff defende “livre manifestação”

Dilma Rousseff defende “livre manifestação”

A Presidente brasileira, Dilma Rousseff, defende o direito à livre manifestação e disse esperar que as acções sejam pacíficas, num vídeo publicado na sua página oficial no Facebook, entretanto replicado nas redes sociais.

"O que eu acho é o seguinte: a livre manifestação é algo que o Brasil tem de defender e tem, ao mesmo tempo, de defender que ela seja de forma pacífica", afirmou a Presidente.

Diversas cidades em pelo menos 17 Estados brasileiros, assim como no Distrito Federal, Brasília, realizam hoje manifestações contra a corrupção e o governo de Dilma Rousseff.

Uma manifestação foi também convocada por brasileiros, em Sydney, na Austrália, estando outra prevista, em Boston, nos Estados Unidos.

Na passada sexta-feira, milhares de pessoas saíram às ruas, em mais de 20 Estados brasileiros, lideradas por sindicatos e movimentos sociais, com reivindicações como o fim da corrupção na Petrobrás e na reforma agrária, a que juntaram críticas à política económica do governo Rousseff.

Em simultâneo, houve também algumas manifestações de apoio à permanência de Rousseff na Presidência e em oposição às acções marcadas para este domingo.

"Passei a minha vida inteira me manifestando nas ruas, principalmente na minha juventude", disse Rousseff na mensagem em vídeo. "Não tenho o menor interesse, o menor intuito, nem tão pouco o menor compromisso, com qualquer processo de restrição à livre manifestação neste país. Nós temos o direito de manifestar, nós não temos o direito de ser violentos", afirmou.

A Presidente brasileira disse ainda que a onda de manifestações de 2013 foi "pacífica", mas que, em determinado momento, perdeu-se o controlo de um grupo radicalizado, o que condenou a nação.

A ex-candidata à Presidência brasileira e ambientalista Marina Silva, que ficou em terceiro lugar nas eleições de Outubro de 2014, afirmou, na sua página oficial na internet, que "compreende a indignação e a revolta" dos eleitores.

Marina Silva declarou-se, no entanto, contrária aos pedidos de "impeachment" (impugnação do mandato de Rousseff), expressos por alguns dos movimentos que convocaram os protestos.