Presidente da Nigéria recebido na Casa Branca

Presidente da Nigéria recebido na Casa Branca

O Presidente nigeriano Muhammadu Buhari foi recebido esta Segunda-feira na Casa Branca, pelo Presidente Donald Trump. O Presidente nigeriano é o primeiro dirigente africano a ser recebido pela administração Trump, e este encontro serviu para estreitar relações entre os dois Países, e reforçar a colaboração anti-terrorista na Nigéria.

O encontro entre o Presidente norte-americano e o Presidente nigeriano revestia- se dum grande significado: Por um lado, Muhammadu Buhari é o primeiro líder africano a ser recebido pelo seu homólogo, Donald Trump. Por outro lado, em Março, as relações de Donald Trump com o Continente africano tinham sido perturbadas com a destituição do Secretário de Estado, Rex Tillerson, enquanto ele se encontrava em visita oficial à Nigéria.

Mas o facto de Donald Trump receber o líder do País africano com maior número de habitantes, e a maior potência petrolífera de África, veio reforçar - só por si - as relações entre os Estados Unidos e o Continente Africano.

O encontro dos dois homens teve como temas principais o estreitamento das relações político - económicas entre os dois países, e a colaboração dos Estados Unidos com a Nigéria na luta contra o terrorismo e insegurança.

Há nove anos que a Nigéria luta contra o grupo terrorista Boko Haram, que devastou o nordeste do País, e causou mais de 20.000 mortos. O Presidente Barak Obama tinha proibido a venda de armas à Nigéria para lutar contra o Boko Haram, mas Donald Trump mudou de posição e autorizou a venda de armas à Nigéria, nomeadamente aviões de observação e apoio táctico SuperTucano, e está também previsto um importante acordo entre os dois países de venda de helicópteros.

Os dois políticos abordaram também a espinhosa questão religiosa, e dos massacres de cristãos no Nigéria, assim como o desenvolvimento económico e democrático desse País africano, cujas eleições presidenciais estão previstas para Fevereiro de 2019.

Muhammadu Buhari tornou-se, em 2015, o primeiro dirigente africano da oposição a bater um Presidente cessante, num escrutínio considerado livre e legítimo.