"Ninguém deve interferir" na investigação da ONU na Síria

O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, apelou hoje à "calma e contenção" acerca da Síria, defendendo que "ninguém deve interferir" na investigação da ONU sobre o uso de armas químicas naquele país.

"Uma solução política é sempre o único meio realista de resolver a questão síria", afirmou Wang Yi à agência noticiosa oficial chinesa Xinhua.

Na mesma declaração, o ministro chinês sustenta que uma intervenção militar externa na Síria "entrará em conflito com a Carta das Nações Unidas e exacerbará a tensão no Médio Oriente", disse a Xinhua.

Wang Yi manifestou "total oposição da China a qualquer uso de armas químicas" e defendeu "uma investigação independente, objectiva, imparcial e profissional da ONU" acerca da situação na Síria.

O China Daily, entretanto, condenou um eventual ataque ocidental à Síria.

Os Estados Unidos e os seus aliados "estão a agir como juízes, júri e executantes", diz o jornal num editorial intitulado "Não há desculpas para atacar (a Síria)".

A China é um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e por duas vezes aliou-se à Rússia no veto a uma proposta de resolução condenando o regime sírio.