Quase cem anos depois, a Cidade Proibida abre portas à noite

Quase cem anos depois, a Cidade Proibida abre portas à noite

Esta terça e quarta-feira, a Cidade Proibida vai poder ser visitada depois do pôr do sol, pela primeira vez em quase um século. O Festival das Lanternas chega ao local mítico do centro de Pequim.

Há 94 anos que o público não entra na Cidade Proibida depois das 5h00 da tarde. O Museu Nacional da China, conhecido por Cidade Proibida, atrai a atenção de milhões de pessoas e há quatro anos os responsáveis foram obrigados a limitar o número de visitas diárias, para as 80 mil.

Até agora foram poucos os que tiveram o privilégio de poder visitar o local durante a noite. Um deles foi Donald Trump, quando visitou o país em 2007. Na história da China moderna, ele foi o primeiro líder estrangeiro a jantar naquele local.

Este complexo de Pequim acabou de ser construído em 1420 e durante mais de 500 anos foi a casa dos imperadores e serviu como centro político da China. Celebrar o Festival das Lanternas naquele local era um privilégio reservado às famílias imperiais. O facto de as estruturas serem em grande parte de madeira, aumentava os riscos de incêndio e a tradição acabou por desaparecer.

Este ano o perigo foi ultrapassado porque os organizadores vão substituir as velas das tradicionais lanternas vermelhas por luzes LED.

Os bilhetes para este evento foram colocados à venda na internet e esgotaram imediatamente. A afluência à página do museu fez com que, durante várias horas, esta estivesse inacessível.

Para além das lanternas, o espectáculo que vai encerrar as celebrações do novo ano chinês, vai ter também uma orquestra sinfónica a acompanhar a projeção de antigas pinturas chinesas nos telhados dos edifícios.