Portugal aguarda resultado da missão da ONU na Síria

Portugal aguarda resultado da missão da ONU na Síria

O ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, disse hoje que Portugal está a aguardar o resultado da missão da ONU na Síria para ser tomada uma decisão, “no âmbito da comunidade internacional”.

“O Governo tem acompanhado com muita atenção [a questão da Síria]”, afirmou o governante em visita às instalações do Hospital Militar do Porto Portugal, acrescentando que “desde o primeiro momento [o país] condenou o uso das armas químicas”.

Aguiar-Branco assinalou que “desde o primeiro momento que a expressão pública que foi tomada pelo governo é no sentido cautelar”, sendo primeiro “importante verificar qual vai ser o resultado da missão da ONU, que está a apurar responsabilidades quanto ao uso de armas químicas”.

“Portugal desde o primeiro momento condenou o uso das armas químicas, condenou a situação em concreto que aconteceu e deseja que essa comissão apure, tão rápido quanto possível, as responsabilidades, para que depois possa ser tomada uma decisão, no âmbito da comunidade internacional”, explicou.

Já o ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, afirmou hoje que uma intervenção militar na Síria deverá “na medida do possível” decorrer com um mandato das Nações Unidas, numa altura em que os Estados Unidos ponderam uma ação militar no país.

Aguiar-Branco remeteu também para os Negócios Estrangeiros qualquer reação sobre uma carta enviada a 05 de julho pela missão da Espanha junto das Nações Unidas em que se dizia que o Governo espanhol "não aceita que as Ilhas Selvagens venham a gerir de alguma maneira uma zona económica exclusiva.

“Estas matérias não se tratam ao nível de rochas, ilhas ou um bocadinho de água. Estas são matérias que tocam as questões de soberania e naturalmente o Ministério dos Negócios Estrangeiros é aquele que em primeira linha deve responder a essa matéria”, respondeu.

Machete disse entretanto que Portugal encaminhará "em breve" às Nações Unidas um documento para reafirmar a soberania portuguesa sobre as Ilhas Selvagens.