
O cardeal francês Dominique Mamberti, protodiácono da Igreja Católica, de 73 anos de idade, vai ser o responsável por anunciar publicamente o nome do novo Papa.
O cardeal protodiácono “anuncia ao povo o nome do novo Sumo Pontífice eleito”, como enuncia o Código de Direito Canónico (cânone 355), com a célebre expresão ‘Habemus papam’.
Segundo o Vaticano, esta fórmula remonta à eleição de Martinho V, em novembro de 1417, que colocou um ponto final ao chamado ‘cisma do Ocidente’, após o Concílio de Constança (Alemanha), antecedido pela divisão entre católicos que obedeciam ao Papa de Roma e ao ‘antipapa’ de Avinhão: existiam dois Papas deposto e um outro tinha renunciado ao pontificado.
Além de anunciar a eleição pontifícia, o primeiro cardeal da ordem dos diáconos (uma das três do Colégio Cardinalício) impõe também o pálio (uma insígnia litúrgica) ao novo Papa, na missa de início de pontificado, surgindo depois ao seu lado quando são proferidas mensagens ‘urbi et orbi’, na Páscoa e no Natal.
Os últimos protodiáconos a anunciar a eleição pontifícia foram o italiano Pericle Felici, que em 1978 anunciou os nomes de João Paulo I e João Paulo II; o chileno Jorge Arturo Medina Estevez, que em abril de 2005 apresentou Bento XVI; e o francês Jean-Louis Tauran, que apresentou ao mundo o Papa Francisco, em 2013.
Cada cardeal criado por um Papa é inserido na respetiva ordem (episcopal, presbiteral ou diaconal), tradição que remonta aos tempos das primeiras comunidades cristãs de Roma, em que os cardeais eram bispos das igrejas criadas à volta da cidade (suburbicárias) ou representavam os párocos e os diáconos das igrejas locais.
OC