Bispos lusófonos pedem maior atenção ao acolhimento de migrantes

Bispos lusófonos pedem maior atenção ao acolhimento de migrantes

O comunicado final do XVI Encontro de Bispos dos Países Lusófonos, que decorreu em Portugal, pede respeito pela “diversidade cultural e a dignidade de cada pessoa e de cada família” migrante ou refugiada.

Com o tema “viver a paz na hospitalidade”, decorreu em Portugal de 9 a 12 de setembro de 2025, o XVI Encontro de Bispos dos Países Lusófonos reunindo responsáveis católicos de oito nações: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Acolhimento e integração na diversidade e dignidade

No comunicado final, os bispos afirmam que “o Encontro decorreu em espírito de oração e fraternidade entre todos os participantes, num desejo de partilha, aprendizagem mútua e colaboração, permitindo atingir os objetivos que tinham sido definidos: partilhar a realidade e o futuro da Igreja em cada país; partilhar e debater internamente boas práticas pastorais e organizacionais; identificar programas concretos de parceria e cooperação entre as Igrejas; refletir sobre o papel da Igreja na construção da paz, através da vivência fraterna da hospitalidade. Uma temática refletida nos relevantes contextos eclesiais que estamos a viver: celebração do Jubileu 2025 como ‘peregrinos de esperança’ e fase de implementação do Sínodo 2025-2028”, pode-se ler no comunicado.

Em particular, os bispos dos países lusófonos pedem “maior atenção ao acolhimento, proteção, promoção e integração dos migrantes e refugiados por parte das comunidades na diáspora, respeitando a sua diversidade cultural e a dignidade de cada pessoa e de cada família que migra, e lutando contra a legislação que atenta a esses princípios”.

Reportagem de Rui Saraiva