Tribunal rejeita candidatura de opositor às eleições tunisinas

tunisia-map.jpgTribunal rejeita candidatura de opositor às eleições tunisinas
 
O Conselho Constitucional Tunisino invalidou a candidatura do opositor Mustapha Ben Jaâfar às presidenciais de 25 de Outubro de 2009, soube terça-feira a PANA junto do candidato.

Contactado pela PANA, Ben Jaâfar, líder do Fórum Democrático para as Liberdades e Trabalho (FDLT), disse-se "surpreendido, sem o estar realmente", por esta decisão.

Ele contestou a interpretação feita das disposições constitucionais, considerando que a invalidação da sua candidatura é "uma decisão política".


O Conselho Constitucional teria invalidado a sua candidatura com base numa "emenda excepcional" à Constituição promulgada em 2008 e que exige a qualquer candidato às eleições presidenciais ser o primeiro responsável do seu partido e ter ocupado este posto por via eleitoral durante pelo menos dois anos consecutivos.

O líder do FDLT revela que foi eleito à frente do seu partido desde a sua legalização em 1994 e foi "reeleito" durante o primeiro congresso em Junho passado.

Para este velho opositor da arena política tunisina, o texto legal não precisa que o candidato deva ser eleito por um congresso, tese que, para ele, parece ter prevalecido no exame do seu dossiê.

Quando deu entrada do processo da sua candidatura quinta-feira passada, o chefe do FDLT pediu a alternância no poder e a limitação a a dois mandatos do exercício da magistratura suprema tornado ilimitado pela emenda constitucional adoptada por referendo em 2002.

É o segundo candidato da oposição afastado da corrida à magistratura suprema, depois do dirigente do Partido Democrático Progressita (PDP), Ahmed Néjib Chebbi.

O Conselho Consitucional validou as candidaturas de três dirigentes da oposição: Mohamed Bouchiha do Partido da Unidade Popular (PUP), Ahmed Inoubli da União Democrática Unionista (UDU) e Ahmed Brahim do Movimento "Ettajdid" (Renovação), bem como a do Presidente cessante Zine El Abidine Ben Ali, o grande favorito do escrutínio.
 
O ex-Presidente ivoiriense, general Robert Guéi, será inumado na sua aldeia natal, Kabakouman, na província de Man (oeste do país), a 2 de Outubro de 2009, cerca de sete anos após o seu assassinato em 2002.

Fonte próxima da sua formação política, a União para a Democracia e Paz na Côte d'Ivoire (UDPCI), disse terça-feira à imprensa que o programa prevê para quinta-feira o rito fúnebre seguido da transferência dos restos mortais para Man onde está prevista uma série de homenagens populares no estádio municipal da localidade.

Na tarde do mesmo dia, após as homenagens em Man, os restos mortais serão transportados para Kabakouman, passando por Gouessesso a partir de Bainkouma, antes da cerimónia oficial sexta-feira na presença do chefe de Estado Laurent Gbagbo, seguida da inumação no túmulo familiar em Kabakouman.

Ex-chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas ivoirienses, o general Robert Guéi tomou o poder na sequência dum golpe de Estado perpetrado em Dezembro de 1999.

Ele foi assassinado a 19 de Setembro de 2002, dia que marcou o início da rebelião ivoiriense.