África 7 dias

africa7dias.jpg  Programa que lhe dá a conhecer os factos mais importantes ocorridos nos últimos sete dias no continente africano.  Tomás de Melo que realiza e fala para este auditório da Emissora Católica de Angola. Desenvolvimentos dos factos africanos que fizeram notícia nos últimos sete dias

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Presidente burundês promete escrutínio transparente no país

 

pierre.jpgO chefe de Estado burundês, Pierre Nkurunziza, prometeu "eleições livres e transparentes" em 2010, no seu país, e facilidades aos observadores estrangeiros que virão cobrir estas consultas.

"As eleições realizar-se-ão nos prazos previstos pela Constituição e decorrerão em boas condições e com a satisfação de todo o mundo", garantiu o líder burundês numa mensagem à nação por ocasião do quarto aniversário do seu regime, saído das primeiras eleições gerais pós-conflito de 2005.

O Presidente burundês disse acreditar que as eleições de 2010 serão organizadas em melhores condições do que as precedentes, nomeadamente no plano da segurança.Actualmente, os preparativos parecem decorrer normalmente.

 

A Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) acaba de ver o seu orçamento passar de 300 mil para dois milhões de dólares americanos na lei das finanças revista de 2009.
Este montante continua no entanto "irrisório" se comparado com os 43 milhões de dólares que a CENI reclama para organizar correctamente as futuras consultas eleitorais.
O apoio esperado do exterior representa 84 por cento do montante necessário e vários doadores de fundos bilaterais e multilaterais do Burundi começam a manifestar-se, segundo o presidente da CENI, Pierre Claver Ndayicariye.

 

 

Presidente tunisino candidata-se para quinto mandato

 

Zine_El_Abidine_Ben_Ali.jpgNo poder há 22 anos, o Presidente tunisino, Zine El Abidine Ben Ali, apresentou oficialmente a sua candidatura às eleições presidenciais e legislativas de 25 de Outubro próximo durante as quais ele vai disputar um quinto mandato.

Depois da cerimónia de entrega do seu dossiê diante do Conselho Constitucional, o chefe de Estado tunisino, de 73 anos de idade, declarou que a sua candidatura vinha "em resposta ao apelo do dever".

Falando diante duma multidão que enfrentou o forte calor e o jejum do mês de Ramadão para lhe manifestar o seu apoio, o candidato da Coligação Constitucional Democrática (RCD) exprimiu o seu "imenso orgulho" pela "grande confiança" que lhe foi testemunhado desde a sua ascensão ao poder.


Ele comprometeu-se a "assegu rar o máximo de atributos de progressos e de desenvolvimento a todas as categorias sociais, a todas as regiões e a todas as gerações", uma vez reeleito.

Acrescentou ter por vantagem o facto de "apostar sempre na consciência, na maturidade, na inteligência e na fidelidade do nosso povo, para ultrapassar outros passos decisivos para a glória e a invulnerabilidade".

Para atingir estes objectivos, ele pretende "velar por que a Tunísia permaneça constantemente a pátria da seriedade, do esforço, do equilíbrio e da moderação, a pátria do diálogo, da tolerância, da solidariedade e da concórdia".

 

 

 

Gabão realiza eleições presidências neste domingo, quarenta e dois anos depois sem Omar Bongo. População teme por fraude eleitoral.

 gabaocapital.jpgO Gabão espera pela mudança. Neste domingo, 30 de Agosto, realiza eleições presidenciais, num país rico em petróleo. O Gabão está localizado na costa Ocidental africana.

 

  As eleições presidenciais acontecem quarenta e dois anos depois sem a presença de Omar Bongo, falecido no dia 7 de Junho deste ano. Ele foi o presidente africano que ficou mais tempo no poder. Depois de sua morte, houve manifestações em massa, reprimidas violentamente pela polícia.
 
Apesar de um clima agora pacífico, a atmosfera é de tensão. A oposição teme por fraude eleitoral. Gabão realiza eleições presidenciais neste domingo, sem a presença de Omar Bongo Ondimba falecido no passado mês de Junho.

 

 

Africom envia peritos para leste RD Congo para por fim a violência

 

josekabilabemba.jpgO Comando Militar dos Estados Unidos para África, mais conhecido sob a designação de AFRICOM, enviará um "pequeno grupo de peritos" para examinar a possibilidade dum maior papel da superpotência numa das regiões mais sinistradas de África, segundo as declarações do porta- voz do AFRICOM, M. Ke Fidler.

 

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, visitou, no início de Agosto, o leste da RD Congo onde ela se encontrou com o chefe de Estado congolês, Joseph Kabila, em Goma, no Kivu-Norte, bem como com vítimas de violações sexuais a quem prometeu ajuda.

A primeira equipa será pequena mas poderá ser reforçada depois, disse o porta-voz do Comando Militar, explicando que três especialistas incluindo o pessoal médico e a imprensa já estão a caminho da RD Congo sendo todos eles civis.

O AFRICOM foi criado em 2008, pela administração Bush a fim de demonstrar a importância renovada de África nos interesses da política norte-americana.

Porém, a sua incapacidade de estabelecer a sua base real no continente (com a sede estando na Alemanha), amplificada por uma falta de entusiasmo, infirma esta ideia. Durante a sua viagem a Goma, a secretária de Estado norte-americana prometeu ajudar a estabilizar e a restabelecer a paz na RD Congo.

Hillary Clinton havia insistido particularmente na importância de eliminar a escalada das violências sexuais.

 

Eleições em Ivory Coast

 

 ivorycoast.jpgOs candidatos às eleições presidenciais ivoirienses, cuja primeira volta está prevista para 29 de Novembro próximo, foram convidados a depositar os seus dossiês a partir 26 de Agosto na Comissão Eleitoral Independente (CEI), indica um comunicado do órgão eleitoral.

Os candidatos em competição têm até 16 de Outubro para o fazer, declara o comunicado, que acrescenta que as modalidades práticas de entrega dos dossiês de candidatura serão precisadas "em tempo oportuno" através da imprensa.

Na semana passada, o primeiro-ministro ivoiriense, Guillaume Soro, multiplicou as reuniões com os diferentes actores do processo eleitoral com vista a harmonizar os pontos de vista.

 

Mali realiza eleições legislativas parciais em Kati

 

MaliMarketScene.jpgO Tribunal Constitucional do Mali apurou cinco candidatos para as eleições legislativas parciais da circunscrição de Kati, a 15 quilómetros da capital, Bamako, cuja primeira volta está prevista para 27 de Setembro próximo.

Os cinco candidatos são da União para a República e Democracia (URD), do Congresso Nacional de Iniciativa Democrática (CNID), da Mobilização Para o Mali (RPM), do Bloco das Alternativas para o Renascimento, Integração e Cooperação Africana (BARICA) e do Bolen Mali Deme Ton.


O escrutínio parcial segue-se à morte, há três meses, de Alou Bathily, deputado da URD eleito em Kati.Mandé Sidibé, antigo primeiro-ministro maliano durante o regime do ex-Presidente Alpha Oumar Konaré, morreu na passada terça- feira em Paris (França) na sequência duma curta doença aos 69 anos de idade, soube a imprensa de fonte oficial.

Economista de formação, Mandé Sidibé, irmão do actual primeiro- ministro maliano Modibo Sidibé, trabalhou no Banco Mundial (BM), no Fundo Monetário Internacional (FMI) e no Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO).


Após a sua aposentação do BCEAO, ele ocupou as funções de conselheiro especial do Presidente maliano, Alpha Oumar Konaré, que lhe nomeou depois primeiro-ministro em Fevereiro de 2000.

Candidato à magistratura suprema do Mali em 2002, ele classificou-se na nona posição dos 14 postulantes, incluindo o actual Presidente, Amadou Toumani Touré, que foi eleito durante estas eleições.
Ele foi, de 2003 a 2006, membro do Conselho de Administração do Grupo ECOBANK Internacional, presente em 15 países da África Ocidental e Central.

 

Emanuel Kunzika nacionalista angolano autor do livro de provérbios kikongo é o nosso convidado.

Estamos na segunda parte deste programa que lhe mantém informado sobre os factos que fizeram notícia em África. Convidamos para conversa o autor dos provérbios em Kikongo Emanuel Kunzika.

 

proverbiokikongos.jpgEmanuel Kunzika, nacionalista e veterano da luta de libertação nacional contra o colonialismo português, professor reformado da Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto, natural da aldeia de Kintô, Maquela do Zombo Província do Zaire, fez todos os seus estudos na República Democrática do Congo, de 1938 a 1963, quando obtém o Certificado de Estudos Políticos Sociais do Instituto de Estudos Políticos da então Léopoldville, hoje Kinshasa. Estudou igualmente nos Estados Unidos da América nas Universidades de Nova Iorque e Abraham Lincoln da Filadélfia, de 1963 a 1968, tendo aí obtido os Certificados de Organização e Orientação Escolar e de Professor de Português e Espanhol, respectivamente. Ainda no Congo, frequentou, de 1968 a 1971, a Escola Superior e de Desenvolvimento, tendo sido graduado em Ciências Económicas e Desenvolvimento e em Ciências Político-Administrativas e Jurídicas. Na Universidade Nacional do Zaire (1970-1974), obteve um diploma em Ciências Político-Administrativas, com a apresentação de uma Monografia intitulada A Formação da Nação Angolana e a Luta de Libertação.

Como investigador, em 1997, foi presidente do Centro de Estudos e Desenvolvimento de Angola (CEDA). Este Dicionário de Provérbios Kikongo, traduzidos e explicados em português, francês e inglês, é o resultado de uma pesquisa desenvolvida junto da comunidade etnolinguística kongo, à qual pertence, cujo imaginário filosófico pretende ajudar a divulgar. Convido-lhe a acompanhar a conversa.

 

Emanuel Kunzika, nacionalista e veterano da luta de libertação nacional contra o colonialismo português, professor reformado da Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto,  natural da aldeia de Kintô, Maquela do Zombo Província do Zaire. Foi o nosso convidado.