Igreja moçambicana junta-se à voz do povo. “Parem os confrontos”

Igreja moçambicana junta-se à voz do povo. “Parem os confrontos”

conferência episcopal pede ao presidente que garanta condições de segurança para que as duas partes do conflito possam dialogar.

Os bispos moçambicanos "exigem" à Frelimo e à Renamo o fim dos confrontos, num documento divulgado antes de ter terminado a reunião da Conferência Episcopal.

“Quisemos, neste momento de dor e de angústia, unirmos a nossa voz à voz do povo”, afirmou o porta-voz da Conferencia, D. João Carlos Nunes, em declarações à Renascença.

“Exigimos que se pare imediatamente todos estes confrontos armados e que se reabra o caminho de diálogo”, acrescentou.

Apesar do apelo, a Igreja moçambicana reconhece que ainda não estão criadas condições para que esse diálogo aconteça.

D. João Carlos Nunes considera que não basta ao presidente Guebuza dizer à imprensa que pretende reunir com o líder da Renamo, é necessário criar as condições de segurança para que o encontro se possa realizar.

Ao longo das últimas semanas reacendeu-se a tensão entre o Governo e a oposição. A casa de Afonso Dhlakama foi atacada pelas forças armadas, obrigando à fuga deste, e uma esquadra policial foi tomada de assalto por milícias da Renamo.

A Renamo declarou o fim do acordo de paz assinado em 1992, apesar de ter vindo dizer mais tarde que não pretende regressar à luta armada.