Os relatórios foram apresentados esta Terça-feira numa das salas da Assembleia Nacional.
Avaliação Participativa da pobreza e de monitoria Social do CICA- Conselho de Igrejas Cristãs de Angola e da comissão de justiça e paz da Arquidiocese do Lubango, foram os relatórios apresentados.
Realizados em três municípios de três províncias do País, nomeadamente, Balombo, Kassongue e Mbanza Congo, onde falta quase tudo, escolas e professores, centros de saúde, serviços de justiça.
Os relatórios são resultados de um diagnóstico participativo referente a 2014, em três municípios de três províncias do País e os problemas foram identificados.
Na aldeia de Caiele, município de Kassongue no Kuanza sul, num universo de cerca de quinhentos habitantes apenas três possuem cédula pessoal.
A reverenda Deolinda Teca, secretária-geral do Conselho de Igrejas Cristãs em Angola, explicou que o relatório é uma contribuição da Igreja no processo de participação, identificação, acompanhamento e priorização dos projectos constantes no Orçamento Geral do Estado.
“Deste modo, a Igreja pretende contribuir na resolução dos problemas das comunidades”, disse Deolinda Teca durante a apresentação do relatório, que teve lugar numa das salas de reuniões da Assembleia Nacional. Além de entidades religiosas, o acto de apresentação do relatório contou com a presença dos ministros da Educação, Pinda Simão, da Saúde, José Van-Dúnem, deputados à Assembleia Nacional e representantes de organizações da sociedade civil.
Para o Bispo da Diocese do Namibe, Dom Dionísio Hisilenapo, o relatório apresentado espelha profundamente o trabalho feito pelas equipas do Conselho de Igrejas Cristãs em Angola, da Arquidiocese do Lubango e da Diocese do Namibe.
Dom Dionísio Hisilenapo disse que o relatório é o indicativo de que pode existir uma estreita colaboração entre a Igreja e o Executivo para juntos solucionarem os problemas que afectam as comunidades rurais.
O prelado católico sublinhou que os relatórios não são para julgar ninguém, mas para apresentar os problemas, encontrar as soluções e aproximar mais as pessoas, que devem ser consultadas para dizerem onde estão os problemas das comunidades.