A unidade é o cartão-de-visita da Igreja, para além dos confins políticos, raciais e culturais.diz Bento XVI

12Sempre e em toda a parte a Igreja católica há-de ser realmente universal, a casa de todos, disse Bento XVI na Missa de Pentecostes
Partindo da leitura dos Actos dos Apóstolos, o Papa fez notar que "esta nova e potente auto-comunicação de Deus" desencadeia um processo de reunificação, cria unidade e compreensão: "a unidade é o sinal de reconhecimento, o "cartão-de-visita" da Igreja ao longo da sua história universal.

Desde o início, do dia de Pentecostes, e fala todas as línguas.

Bento XVI concluiu a sua homilia de Pentecostes, recordando o convite tantas vezes repetido por Jesus: "Não tenhais medo". Bem precisamos de ouvir o Senhor dizer-nos isto, para podermos permitir que a sua presença e a sua graça transformem o nosso coração: disse Bento dezasseis.

"A Igreja Católica não è uma associação de Igrejas, mas uma única realidade: a prioridade ontológica pertence a Igreja Universal, disse o Papa, e continuou "Nesta Festa do Espírito e da Igreja, queremos render graças a Deus por haver doado ao seu povo, escolhido e formado no meio de todos os povos, o bem inestimável da paz, da Sua Paz".

"A Igreja que nasce de Pentecostes não é uma comunidade particular, a Igreja de Jerusalém, mas é a Igreja Universal, que fala a língua de todos os povos. Desta experiência nasceram depois as outras comunidades em cada parte do mundo.
Continuou dizendo que "a Paz de Cristo só se expande nos corações renovados de homens e mulheres reconciliados, feitos servos da justiça, prontos a espalharem no mundo a paz com a única força da Verdade, sem deixar-se guiar pela mentalidade do mundo, porque o mundo não pode dar a Paz de Cristo".

Bento XVI quiz voltar ao conteúdo do seu discurso pronunciado na ONU, em sua Viagem Apostólica aos Estados Unidos, para confirmar que"a Paz é um Dom e só Deus pode dá-la".

"A Igreja realiza o seu serviço, a Paz de Cristo, sobretudo na ordinária presença e acção no meio dos homens, com a pregação do Evangelho e com os sinais de amor e de misericórdia que a acompanha. Quanto importante e infelizmente não suficientemente compreendido o Dom da Reconciliação, que pacifica o coração, observou o Papa, recordando que a Igreja pode ser "fermento" de reconciliação somente quanto permanece dócil ao Espírito e dá testemunho do Evangelho.

A Oração da Comunidade foi rezada por 6 pessoas de diferentes nações, entre elas um seminarista da Diocese de Palmas (TO), que recitou a oração em língua portuguesa, no qual pedia ao Senhor que enviasse o seu Espirito para que o empenho de tantos pais e educadores contribua para endireitar os caminhos confusos e rumos errados que de vários lados são hoje propostos às novas gerações.

Depois da bênção final, Bento XVI se dirigiu a janela do Palácio Apostólico para a Recitação do Regina Coeli.