"É preciso libertar o natal de um revestimento demasiadamente moral e sentimental", abrindo espaço à acção de Deus, considera papa Bento XVI

pO Papa afirmou nessa quarta-feira que é preciso libertar o Natal de um "revestimento demasiadamente moral e sentimental", abrindo espaço à acção de Deus na vida de cada pessoa.

Na alocução que proferiu esta manhã no Vaticano, o Papa sublinhou que o Natal está relacionado com as "aspirações e esperanças mais profundas" do ser humano, pelo que a sua celebração não é "só recordação, mas é sobretudo mistério", não é "só memória, mas também presença".

O discurso de Bento XVI foi proferido na véspera da solenidade da Epifania (palavra de origem grega que significa 'manifestação'), que em alguns países se celebra hoje, 6 de Janeiro.

A festa comemora a manifestação de Jesus aos magos do Oriente, figuras que tradicionalmente se apresentam como reis.

O Papa saudou, no final da audiência, os peregrinos de língua portuguesa presentes na sala Paulo VI: "Neste início de ano, invoco sobre todos vós as luzes e bênçãos do Céu, para que possais anunciar e testemunhar alegremente, com palavras e obras, a vinda do Verbo que se fez carne.