Diocese do Uíje celebra Solenidade da Imaculada Conceição com forte apelo à conversão e autenticidade cristã

Diocese do Uíje celebra Solenidade da Imaculada Conceição com forte apelo à conversão e autenticidade cristã

A Diocese do Uíje celebrou este Domingo a Solenidade da Imaculada Conceição, numa missa festiva realizada no Cine Ginásio, marcada por fortes apelos pastorais do Bispo Diocesano, Dom Joaquim Nhanganga Tyombe.

O prelado destacou que este não era apenas um dia litúrgico, mas também “a nossa festa, a festa diocesana”, desejando que a Diocese seja “uma digna morada de Jesus”.

Durante a homilia, cujo ponto de partida foi o tema proclamado por João Baptista: “Arrependei-vos, porque está perto o Reino dos Céus”, Dom Joaquim exortou os fiéis a viverem uma fé comprometida, uma esperança ativa e uma caridade verdadeira. Citando o Papa Leão XIII, afirmou que “a esperança é participação”, e recordando Santo Agostinho, sublinhou: “O homem é chamado para coisas altas; nasci para coisas grandes”.

O Bispo reforçou ainda que o Advento deve ser um tempo de revisão de vida e transformação interior, pedindo às comunidades que ajudem a curar “as muitas feridas” presentes na sociedade e mesmo na própria comunidade cristã do Uíje. Lamentou que muitos cristãos sejam “fracos na oração, na intercessão e na caridade”, e alertou para atitudes de falta de autenticidade na vivência da fé, advertiu também que “alguns cristãos e cristãs são raça de víboras”, exortando-os a abrir o coração e a viver como autênticos seguidores de Cristo.

À luz da ordenação de novos diáconos, o prelado destacou que o ministério diaconal exige misericórdia e serviço. “O diácono que não é misericordioso é um fantasma”, afirmou, pedindo aos ordenados que assumam o amor como centro de sua missão.

O Bispo dedicou igualmente parte da sua mensagem a denunciar práticas de tribalismo e regionalismo no seio da Igreja “Quem incita ao tribalismo está no lugar errado”, alertou, lamentando que alguns consagrados e até mesmo fiéis, permaneçam longos anos nas comunidades “sem dar frutos” e até “sem folhas”, numa referência à falta de testemunho evangelizador.

Dom Joaquim concluiu pedindo que este Advento seja “de graça e bênçãos para toda a família diocesana”, e que cada fiel brilhe “com a graça da santidade e o entusiasmo da missão”.