Papa elogia os “pequenos”, que “não se consideram melhores do que os outros”

Papa elogia os “pequenos”, que “não se consideram melhores do que os outros”

O Papa elogiou esta Quarta-feira, no Vaticano as pessoas “simples e humildes” que acolhem o Evangelho e constroem uma sociedade mais fraterna, sem diminuir os outros.

“No futuro do mundo e nas esperanças da Igreja estão sempre os pequenos, aqueles que não se consideram melhores do que os outros, que estão conscientes dos próprios limites e dos seus pecados, que não querem dominar os outros, que em Deus Pai se reconhecem todos irmãos”, declarou, durante a audiência semanal que decorreu na biblioteca do Palácio Apostólico, com transmissão online.

A reflexão de Francisco centrou-se sobre a oração de louvor, em particular nos momentos mais difíceis, como aconteceu com Jesus.

“Num momento de aparente fracasso, Jesus reza, louvando o Pai. E a sua oração leva-nos também a nós leitores do Evangelho, a julgar de um modo diferente as nossas derrotas pessoais, as situações em que não vemos claramente a presença e a ação de Deus, quando parece que o mal prevalece e não há maneira de o parar”, precisou.

O Papa destacou que está prece de louvor é “útil” para cada crente, como caminho de salvação, ajudando a “ver um novo panorama, um horizonte mais aberto”.

“Paradoxalmente, deve ser praticada não só quando a vida nos enche de felicidade, mas sobretudo nos momentos difíceis, quando o caminho é íngreme. Este é também o tempo do louvor”, indicou.

Peçamos ao Senhor que nos dê a graça de sermos humildes e de o louvarmos em qualquer situação da nossa vida, também neste tempo de pandemia, porque sabemos que Ele é o amigo fiel que nunca nos abandona e que nos ama sem medida”.

Francisco abordou especialmente o “Cântico do irmão sol” ou “das criaturas”, em que São Francisco de Assis louva Deus por tudo, inclusive a morte, “à qual, com coragem, chama ‘irmã’”.

O Papa destacou que o santo de Assis compôs esta oração no final da sua vida, num momento de grande sofrimento.

“Os santos e as santas mostram-nos que podemos louvar sempre, nos momentos bons e maus, porque Deus é o amigo fiel, este é o fundamento do louvor, Deus é o amigo fiel, e o seu amor nunca desilude”, declarou.

No final da audiência, Francisco dirigiu-se aos ouvintes de língua portuguesa.

“Saúdo-vos a todos, convidando-vos a pedir ao Senhor uma fé grande para verdes a realidade com os olhos de Deus, e uma grande caridade para vos aproximardes das pessoas com o seu coração misericordioso. Confiai em Deus, como a Virgem Maria”, disse.

OC