O Papa assinalou neste Domingo, no Vaticano, os desafios de seguir Jesus, recordando as dificuldades sentidas pelos primeiros discípulos.
“As escolhas de Jesus, muitas vezes, ultrapassam a mentalidade comum, vão além dos próprios cânones da religião institucional e das tradições, ao ponto de criar situações provocadoras e embaraçosas. Não é fácil segui-lo”, declarou, antes da recitação da oração do ângelus.
“Muitos, até mesmo os discípulos, o abandonaram”, realçou.
Falando desde a janela do apartamento pontifício, Francisco indicou que “entre os muitos mestres daquele tempo, Pedro e os outros apóstolos só encontraram em Jesus a resposta à sede de vida, a sede de alegria, a sede de amor que os anima”.
“Só graças a Ele experimentaram a plenitude de vida que procuram, para lá dos limites do pecado e até da morte”, acrescentou.
Os discípulos, observou o Papa, “nem sempre compreendem o que o Mestre diz e faz; às vezes têm dificuldade para aceitar os paradoxos do seu amor, as exigências extremas da sua misericórdia, a radicalidade do seu modo de doar-se a todos”.
“Também para nós, de facto, não é fácil seguir o Senhor, compreender o seu modo de agir, fazer nossos os seus critérios e os seus exemplos”, assinalou.
Quanto mais próximos estamos dele, quanto mais aderimos ao seu Evangelho, recebemos a sua graça nos Sacramentos, permanecemos na sua companhia na oração, o imitamos na humildade e na caridade, mais experimentamos a beleza de tê-lo como amigo, e percebemos que só Ele tem palavras de vida eterna”.
Após a oração, Francisco saudou os peregrinos de Itália e vários países, em particular os novos seminaristas do Colégio Pontifício Norte-Americano, a quem desejou “um bom caminho de formação” e que vivam o seu sacerdócio com “alegria”.
O Papa dirigiu-se também a jovens com deficiências motoras e cognitivas, que estão a participar na ‘estafeta da inclusão’, iniciativa que visa “afirmar que as barreiras podem ser ultrapassadas”.
OC