
Leão XIV abrirá o 188º Capítulo Geral da Ordem de Santo Agostinho em 1º de Setembro. No mesmo dia do aniversário de sua entrada no noviciado em 1977, o Pontífice presidirá a Missa às 18h locais na Basílica de Santo Agostinho, no Campo Marzio, em Roma. Esta Missa abrirá os trabalhos programados até 18 de setembro no Pontifício Instituto Patrístico (Augustinianum). A celebração será transmitida ao vivo pela Rádio Vaticano – Vatican New a partir das 17h55 locais (12h55 de Brasília) e contará com comentários em português, italiano, francês, inglês, espanhol, alemão e polonês. Também poderá ser acompanhada por streaming de áudio nas páginas correspondentes do Vatican News e por vídeo no mesmo portal e nas respectivas páginas do Facebook e YouTube.
O Capítulo Geral Agostiniano em números
Um total de cerca de cem religiosos participam deste importante evento, realizado a cada seis anos. Setenta e três agostinianos de 46 países, delegados das 41 circunscrições da ordem, terão direito a voto. Eles representam os 2.341 agostinianos com suas 395 casas espalhadas pelos cinco continentes — conforme registrado pelo Escritório Central de Estatísticas da Santa Sé em 31 de dezembro de 2024 — e são chamados a eleger o novo prior geral, o 98º, após 12 anos de governo do padre Alejandro Moral, que completou seu segundo mandato. Sessões estão programadas durante os dias capitulares, com apresentações das presidentes das federações de monjas agostinianas e dos leigos da família agostiniana, que não têm voz ativa.
Em 2013, a Missa presidida por Francisco
Doze anos atrás, o Papa Francisco abriu, na mesma Basílica Romana, o Capítulo Geral que encerrou o mandato de dois sexênios de Robert Prevost. O então prior geral, agora 266º Sucessor de Pedro, juntamente com seu conselho, decidiu convidar Bergoglio, recém-eleito Papa, "para presidir a Missa de abertura do Capítulo Geral em 28 de agosto", como relatou em sua última entrevista como cardeal, concedida à mídia vaticana. "Para grande surpresa de todos", Francisco aceitou, e em sua homilia, enfatizou que "a inquietação do coração é o que leva a Deus e ao amor", acrescentando que Santo Agostinho nos convida a manter viva "a inquietação da busca espiritual, a inquietação do encontro com Deus, a inquietação do amor". O Papa argentino explicou que "o tesouro de Agostinho é justamente esta atitude: sair sempre em direção a Deus, sair sempre em direção ao rebanho", e descreveu o Bispo de Hipona como "um homem voltado para essas duas saídas", "sempre em caminho", "sempre inquieto! E esta é a paz da inquietação". Ele também exortou para "não 'privatizar' o amor" e concluiu explicando que "a inquietação também é amor, buscando sempre, incansavelmente, o bem do outro".